No caso da Guiné-Bissau, de uma forma geral as instituições que se dedicam ao acolhimento de crianças órfãs, com guarda legal ou informal ou de outras crianças sem retaguarda familiar ou que a tendo são muitas vezes entregues/abandonadas às portas de orfanatos e lares ou ONG`s, têm graves dificuldades financeiras para garantir a subsistência das crianças sem desequilíbrios alimentares, de saúde e no percurso escolar.
O “apadrinhamento” de crianças é um projeto que pretende influenciar positivamente o percurso de vida de crianças acolhidas, com guarda partilhada por instituições, ou incluídas em projeto de valorização escolar da gestão de organizações. Neste caso com a disponibilização de bens e recursos financeiros ao orfanato de modo a poder garantir-se o mínimo de cuidados de saúde, alimentares e de educação.
A recolha sustentada de donativos por meio de compromisso assumido por “Apadrinhamento de Crianças” por períodos “contratados” com doadores sensibilizados para a necessidade é um dos modos passíveis de promover um apoio à distância. Os donativos são concedidos à MSH e são geridos de acordo com o objetivo do projeto. Os destinatários são entidades parceiras no terreno, credíveis, que se comprometeram a utilizar os donativos de forma direta e estritamente em benefício das crianças, designadamente em despesas de alimentação, saúde e educação. Os donativos são encaminhados aos parceiros e são disponibilizados em bens ou numerário consoante o acordo estabelecido.
O modelo do “apadrinhamento” à distância constitui um meio de ajuda pelo qual qualquer pessoa, ou empresa, tem a oportunidade de colaborar mensalmente com o valor mínimo de 15 Euros, garantindo a assistência alimentar e educativa deste grupo de crianças podendo usufruir de cuidados mínimos graças a muitos “padrinhos”.
Celebrar a vida é dar-lhes cinco refeições diárias por dia, educação, cuidados de saúde segurança e alegria para viverem.
É UM FACTO: Pelo valor de um café por dia, podemos transformar a vida de uma criança e da comunidade onde esta se insere!
O Lar de Bethel luta diariamente com o drama de alimentar, conduzir à escola, acolher e acarinhar as crianças, pelas enormes dificuldades financeiras que tem. Francisca Maria da Conceição Agbai tem mais de quarenta crianças ao seu cuidado, são crianças órfãs, abandonadas pela família algumas delas com a pesada herança do HIV. Variam entre os 2 meses e os 20 anos e nenhuma delas deu, até hoje, nenhum motivo para tristeza! Francisca é uma missionária que mora há dezoito anos na Guiné Bissau e que tem o sonho de dar uma melhor casa àqueles que acolhe e que a todos considera seus filhos. Em 2000 Francisca esteve pela primeira vez para a Guiné Bissau. Em Janeiro de 2010 iniciou o longo percurso de um grande sonho. Com algumas crianças que trouxe do sul do país e com as que se foram juntando ao longo destes oito anos, tem neste momento a seu cargo trinta e nove crianças. Já foram mais de quarenta mas algumas foram já adotadas. Num bairro a 10 minutos do centro de Bissau dirige o Lar “Bethel” com duas salas de aulas, que na verdade deveriam ser quatro, quatro dormitórios, que deveriam ser oito. Um refeitório com capacidade para várias crianças mas que deveria ser capaz de sentar mais umas quantas. Um pátio que não permite grandes jogos de futebol mas que lhes dá a liberdade de correrem felizes em brincadeiras de crianças. Por dia há um consumo de cerca de vinte quilos de arroz sendo essa a alimentação base e muitas vezes única, constituindo um dieta desequilibrada e pouco saudável. Acresce a isto o acompanhamento médico, medicamentação, custos com propinas, material escolar, transportes. Um imenso drama para quem gere uma organização com esta dimensão sem ter nenhum apoio estatal, ou mecenas fidelizado.
Ao subscrever o Compromisso de Apadrinhamento vinculam-se ao seguinte:
A MSH
O Padrinho/Madrinha: